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Filosofia Geral Micropolítica

O Abecedário de Gilles Deleuze: R de resistir

http://www.youtube.com/watch?v=Ed-bVLIBDwY

Leia o texto completo do Abecedário de Gilles Deleuze em O Estrangeiro.


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Artes Cênicas Ativismo e Análise Política Geral Micropolítica

Entre estética e política: O Conjunto Vazio

Ativismo, ironia e pensamento

Eles atuam com intervenções urbanas, performances e produção teórica. Estão sempre no limite entre o risco real (incluindo o de ser preso) e a poética. As ações situam-se numa zona indiscernível entre política e estética. Estou falando de um coletivo de artistas/ativistas de Belo Horizonte e do weblog por eles criado, que leva o mesmo nome do grupo: Conjunto Vazio.

O blog tem uma apresentação gráfica interessante e limpa, com páginas de boa definição e conteúdos bem trabalhados. E coerentemente com sua proposta, o coletivo não traz os nomes das autorias dos textos e dos artistas que atuam nas performances. Há um tom de auto-ironia na apresentação –  estratégia, de fato, que é uma literalidade. Malícia bem articulada, pois evita a recaída em alguma coisa muito séria. Por exemplo: tratar o tema ou assunto de suas investidas como algo “superior” e, na rede de significações, como uma completude.  Essa estratégia aparece também nos textos sobre as performances: eles estão sempre se desconstruindo quanto aos atributos que podemos lhes agregar. Não pense que eles se cobrem de negatividade, pelo contrário, trata-se de um exercício lúdico e bem humorado.

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Hans-Thies Lehmann: Escritura Política no Texto Teatral

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Arte, teatro e política: novos conceitos, novos encontros

Hans-Thies Lehmann, autor de O Teatro Pós-Dramático lançou em São Paulo (06.11.09), no Instituto Cultural Itaú, o seu novo livro: Escritura Política no Texto Teatral (Perspectiva). O lançamento ocorreu no evento Próximo Ato – Encontro Internacional de Teatro Contemporâneo. Lehmann participou ainda de mais dois debates, um com o teórico e curador de arte, Nicolas Bourriaud e outro com o filósofo político Paulo Arantes, abrindo também, com uma conferência, a V Reunião Científica da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas (Abrace). Em todos os encontros Lehmann traçou conexões entre política e teatro, de tal modo que a própria concepção do que vem a ser um trabalho de arte começa a se transformar.

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Seminário Internacional Grotowski 2009

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A Uni-Rio está organizando o “Seminário Internacional Grotowski 2009: uma vida maior que o mito”, com curadoria de Tatiana Motta Lima. Segundo a divulgação, o evento transformará o Rio de Janeiro ” num  polo de informação, discussão, investigação e análise do percurso de Grotowski, e de sua influência em nosso país, por meio de inúmeras ações e atividades”.

O Seminário terá desdobramentos em outras cidades: em São Paulo, com coordenação regional de Maria Thaís (TUSP), em Minas Gerais, com coordenação regional de Ricardo Gomes (UFOP) e Fernando Mencarelli (UFMG) e no Rio Grande do Sul, com coordenação regional de Daniel Reis Plá (UFSM).

– Mais informações podem ser obtidas diretemante do site do Seminário Internacional Grotowski 2009.

– Programação (clique nos locais): Rio de Janeiro –  Ouro Preto e Belo Horizonte/MG Santa Maria/RS

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Um guarda-chuva no caos: D. H. Lawrence

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Imagem: Tomás Rotger

“A poesia, dizem, é uma questão de palavras. E é verdade, tanto quanto a pintura é uma questão de tinta e o afresco, uma questão de água e ocra. Mas isso está tão longe de ser toda a verdade que soa um tanto simplista quando dito secamente.

A poesia é uma questão de palavras. A poesia consiste em combinar palavras para fazê-las ondular e vibrar e colorir. A poesia é um jogo de imagens. A poesia é a iridescente sugestão de um idéia. A poesia é todas essas coisas e, contudo, é algo mais. […]

A qualidade essencial da poesia consiste em que ela exige um esforço renovado da atenção, e que “descobre” um mundo novo no interior do mundo conhecido. O homem, e os animais, e as flores, vivem todos dentro de um caos estranho e permanentemente revolto. Chamamos cosmo ao caos ao qual nos acostumamos. Chamamos consciência – e mente, e também civilização –  ao indizível caos interior de que somos compostos. Mas trata-se, em última instância, do caos, iluminado por visões, ou não iluminado por visões. Exatamente como o arco-íris pode ou não iluminar a tempestade. E, tal como o arco-íris, a visão perece.