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Filosofia e arte: Interseções

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O Programa de Educação Tutorial da Filosofia – UFMG está lançando seu novo Projeto e Calendário: Interseções – Filosofia e Arte. Este Olho-de-Corvo estará lá, participando desse encontro, na abertura, juntamente com o Prof. Dr. Gilson Motta (UFOP), com o tema Filosofia e Teatro.

Segundo o texto de apresentação do Programa, “O PET é desenvolvido por grupos de estudantes, com tutoria de um docente, organizados a partir de cursos de graduação das Instituições de Ensino Superior do país, sendo um grupo por curso, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão e educação tutorial.”

As Interseções ocorrem no auditório da Fafich, no Campos da UFMG em Belo Horizonte e as entradas são francas.

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Ecum: programa de oficinas 2009

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O Ecum – Centro Internacional de Formação em Artes Cênicas – divulga  o seu Programa de Oficinas de 2009. O Programa ocorrerá em Belo Horizonte, no período de 26 a31 de outubro de 2009. E sendo  parte do calendário do Ano da França no Brasil, trará artistas e pesquisadore franceses importantes, numa concentração ímpar.

Interessante, além disso, a modificação que o Ecum realiza: de  “Encontro Mundial de Artes Cênicas”  para “Centro Internacinal de Formação e Pesquisa em Artes Cênicas”. Acredito que não se trata da mesma coisa. Guilherme Marques e sua equipe estão, sem dúvida alguma, criando uma nova plataforma para o projeto. Aguardamos , então, notícias sobre essas novas perspectivas.

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Festival de Performance de Belo Horizonte

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Performer Joseph Beuys (1921-1986): o que interessa não é o narcisismo, mas a ferida narcísica

Começa hoje e vai até o dia 21.08, o Festival de Performance de BH. A cidade nem acabou de assimilar a Mip2, e já temos o bloco de Denise Pedron, Ricardo Garcia e Cia instaurando espaços e tempos. E tome encontros, oficinas, além das próprias performances!

Uma cultura performática vai se disseminando, desse modo, pela cidade. Um novo projeto focalizando a performance art é mais uma janela aberta. Mais oportunidades de participação e mais enfoques sobre o tema. Belo Horizonte, afinal, já tem mais de 3 milhões de habitantes e muitas urbes em variações sem fim.

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Manifestação Internacional de Performance: Mip 2009

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A Manifestação Internacional de Performance/Mip 2009, está ocupando  espaços e tempos de Belo Horizonte, com apresentações no período de 03 a 09 de agosto de 2009.

A presença da performance como linguagem tem conquistado públicos e artistas.  A Mip é uma mostra desse desejo e é realizada pelo Ceia – Centro de Experimentação de Arte e Informação, com idealização e coordenação de Marco Paulo Rolla e Marcos Hill. Aliás, devo a Marcos Hill a minha iniciação no campo da performance art, desde sua conferência no Centro de Cultura Belo Horizonte, no Seminário sobre Performance, que teve curadoria de Ricardo Aleixo e contou, entre as presenças, com o nosso saudoso Renato Cohen.  Depois disso Hill ministrou uma oficina para uma montagem minha no Curso de Artes Cênicas/ Escola de Belas Artes/UFMG.  Marco Paulo Rolla é um dos pioneiros da performance em Belo Horizonte, sem falar nas suas instalações e trabalhos surpreendentes.

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Filosofia Geral

Nietzsche por Deleuze: crítica e valores

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Imagem: Tomás Rotger

 

“O projeto mais geral de NIETZSCHE é introduzir na filosofia os conceitos de sentido e valor, fazendo com isso da filosofia uma crítica. Modernamente, a teoria dos valores engendrou um novo conformismo e novas submissões. Para NIETZSCHE, entretanto, a filosofia dos valores é a única maneira de realizar a crítica total. A noção de valor implica uma inversão crítica: por um lado, as avaliações supõem valores anteriores; por outro lado e mais profundamente, são os valores que supõe avaliações, donde deriva seu próprio valor. O problema crítico é esse: o valor dos valores e, portanto, o problema da sua criação. A avaliação, elemento diferencial, é simultaneamente crítica e criadora. As avaliações não são valores, mas maneiras de ser que servem de princípio aos valores em relação aos quais julgam. Eis o essencial: o elevado e o baixo, o nobre e o vil não são valores, mas representam o elemento diferencial donde deriva o próprio valor dos valores.

A filosofia crítica tem dois movimentos inseparáveis: referir as coisas à valores e referir esses valores a algo que seja como a sua origem e decida sobre o seu valor. NIETZSCHE coloca-se portanto tanto contra os que subtraem os valores à crítica (ou fazem a crítica em nome de valores estabelecidos e ‘intocáveis’) quanto contra os que fazem a crítica derivar de pretensos fatos objetivos (utilitaristas), ambos nadando no elemento indiferente do que vale em si ou do que vale para todos.  NIETZSCHE insurge-se contra a elevada idéia de fundamento que deixa os valores indiferentes à sua origem e contra a idéia de uma simples derivação causal, indiferente, dos valores a partir de sua origem. Daí o conceito novo de genealogia, que aposta no sentimento de diferença ou distância, diferentemente do princípio da universalidade kantiana (ou do útil). (…)

Sua crítica é ao mesmo tempo o elemento positivo de uma criação. Por isso a crítica não é REAÇÃO, mas AÇÃO; a crítica opõe-se à vingança, ao ressentimento. É a expressão ativa de um modo de existência ativo, a maldade que pertence à perfeição. Essa maneira de ser é a do filósofo.”

Gilles Deleuze: Nietzsche e a Filosofia –

Referências –

DELEUZE, Gilles. Nietzsche e a filosofia. Tradução de António M. Magalhães. Porto: Rés Editora, s/d.