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Agenda Juventude e Pixação (2): equívocos do Movimento Respeito por BH

 


Crítica da criminalização e da campanha movida contra os pixadores

A imagem acima é parte da peça publicitária que a Prefeitura de Belo Horizonte vem divulgando pela cidade, sob a rubrica do Movimento Respeito por BH. A ação do poder público municipal, associando-se a outras esferas, como a Polícia Militar, Polícia Civil e um procurador, visa isso mesmo que está aí na imagem: o pichador no presídio! E mobilizam, através da propaganda, o denuncismo e, nessa linha, tratam o jovem que se expressa por esses meios, nos limiares da legalidade, como bandido!

Como venho mostrando nesse blog e, na última postagem dedicada ao lançamento da Agenda Juventude e Pixação, essa é uma ação que se equivoca como política pública. Mas que se mostra coerente com outras ações que têm por objetivo a criminalização da cultura das ruas, como mostra Naomi Klein no livro em Sem Logo. Essa é uma característica das cidades em que as políticas públicas inclusivas estão abandonadas ou em crise.

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Agenda Juventude e Pixação (1): lançamento

Lançamento da Agenda

Foi lançada a Agenda Juventude e Pixação, num debate promovido pelo Conselho Regional de Psicologia de Minas Gerais, em 25 de novembro de 2011. A coordenação da Agenda e dos debates é de Cristiane Barreto, psicanalista e psicóloga. Paulo Rocha, do Conjunto Vazio, e este que vos escreve são os outros cavaleiros iniciais dessa causa. Este post revela apenas a minha opinião, não sendo necessariamente a dos outros mobilizadores e participantes.

A Agenda possui os seguintes eixos: a) a afirmatividade e positividade do pixo como expressão e percepção do urbano; b) a crítica contundente da criminalização do pixo e da juventude; c) o desejo de contribuir para a construção de políticas públicas inclusivas.

Note-se que a Agenda é apartidária. E não tem por princípio a oposição ou a concordância, a priori, a qualquer gestão de governo. No entanto, se dá o direito de discutir, criticar e responsabilizar as políticas para a juventude, particularmente para a questão do pixo. A presença de políticos “profissionais” nos encontros – pois todos nós somos políticos da vida – se deve ao interesse de cada um. Esse primeiro encontro foi apenas um desenho possível, para aquele momento. Outros momentos poderão contemplar perspectivas distintas.