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Filosofia

Deleuze: linguagem como desequilíbrio

“Em filosofia é como um romance: deve-se perguntar ‘o que vai acontecer’, ‘o que é que se passou?’, somente os personagens são conceitos, e os meios, as paisagens, são espaços-tempos. Escreve-se para dar a vida, para libertar a vida lá onde está apriosionada, para traçar linhas de fuga. Pra isto é preciso que a linguagem não seja um sistema homogêneo, mas um desequilíbrio, sempre heterogêneo: o estilo aqui rompido das diferenças de potenciais entre as quais qualquer coisa pode passar, se passar, surgir um clarão que saia da própria linguagem, e que nos faça ver e pensar o que permaceria nas sombras…”

Entrevista a Raymund Bellour e François Ewald –
Publicado na Revista Magazine Littéraire – n. 257. set. 1988. Traduzido do francês por Ana Sacchetti. Extraído de ESCOBAR, Carlos Henrique (organizador), Dossiê Deleuze, Rio de Janeiro: Hólon Editorial, 1991.

Por Luiz Carlos Garrocho

Um aprendiz do sensível. Professor, pesquisador e diretor de teatro. Filósofo.

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