O tempo dos corpos nos escapa quase sempre. São raras as vezes em que nos permitimos ou sustentamos, um pouco mais, mais um pouco, viver o tempo como duração, num fluxo contínuo em variações de si.
A imagem de Joseph Beuys, performando o que chamou de Ação no Pântano, me faz pensar essa travessia de uma duração. O instante fotográfico congela – retrata um momento dessa poética. Momento que não vi, mas cuja fimagem me remete a duas linhas: a do tempo daquele corpo naquela travessia e a do tempo de quem observa – ou fotografa.