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As linhas intensivas de um corpo em situação de rua

Imagem: Daniel R. Blume/Creative Commons

 

Ainda não são nove horas da manhã, na Praça Rui Barbosa (Praça da Estação), em Belo Horizonte. Imerso na questão das linhas de composição. Há sim um tema subjacente a esse olhar: as linhas e os traçados de composição. Estou indo para uma reunião num projeto de uma Escola Livre de Artes. 

A poiesis dos corpos imersos no cotidiano – fora do campo da intencionalidade artística – é o que vem  me ocupando. Para pensar o movimento e o que pode ser uma cena. Par pensar o corpo e suas potências. Nesses momentos, a cidade é um terreno fértil de pesquisa. O olhar típico do voyeur, tão afamado nas teorizações sobre a cena, não é esse o plano que produz a consistência dessa busca,  mas sim  um estado meditativo, no qual o observador se observa também no ato de observar.