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Indústria criativa não é panaceia: os equívocos do Minc

Falar das chamadas indústrias criativas tornou-se quase uma obrigação. Até porque, agora, uma secretaria do Ministério da Cultura foi criada para cuidar das Economias Criativas. No entanto, parece que isso virou uma panaceia. A ministra Ana de Hollanda, numa recente entrevista à Folha de São Paulo (13.01.20011), diagnosticou a necessidade de emancipação das Leis de Incentivo e, consequentemente, de profissionalização dos artistas, afirmando que a economia criativa prepararia “o ambiente para que isso flua, para que a produção seja difundida.” E é nesse diagnóstico e nesse vínculo causal que residem os equívocos da nova orientação do Minc.

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Travessia de Arnaldo

Deu-se no dia 01.02.2011 a travessia de Arnaldo Garrôcho, meu pai, aos 94 anos de idade. Que o bardo da vida e da morte dessa possa lhe trazer alento e clareza. Morreu em casa, sem passar pelos hospitais e pelos procedimentos invasivos. O que para uns é  um privilégio, para outros uma sorte, e para alguns, uma maestria.

Arnaldo foi um cirurgião dentista, nascido em Teófilo Otoni, que veio para Belo Horizonte com sua família na década de 1960. Trabalhou no antigo INPS e no seu consultório particular. O meu irmão mais velho, também chamado Arnaldo, seguiu a mesma profissão.

Os últimos dias de meu pai foram aqueles em que todas as questões nos acossam e nenhuma resposta nos socorre. A não ser aquela que o azul dos seus olhos exibia: algo está se passando.

Para além e por entre as cotidianas facetas, vejo no meu pai os traços do empírico, do existencialista dramático, do contador de histórias e do clown.