“Mais profundamente existe, existe uma emoção que está ligada à passagem do tempo propriamente dita, ao fato de sentirmos o tempo fluindo em nós e ‘vibrando interiormente’.
David Lapoujade escreve sobre as Potências do Tempo, um livro sobre Bergson. Na abertura, Tempo e Afeto começa colocando a questão da duração. E para tanto, aborda o afeto – singularmente, a emoção.
“… é apenas através das emoções que somos seres que duram, ou melhor, que deixamos de nos considerar como seres para nos tornamrmos durações, assim como um som existe ou dura pela sua vibração, nada mais”.
“Na profundidade, não somos mais’seres’, mais sim vibrações, efetios de ressonância, ‘tonalidades’ de diferentes frequências.”
E então, o que distingue em pensamento em conceito da intuição, é que diferente daquele, esta última é um modo de acesso à experiência do temo como duração.
A relação entre intuição e simpatia,, já no Capítulo 2, é um dos textos mai me movem. Aliás, é toda uma virada em direção à vida, ao impulso vital., que Bergson traz.
Outro trecho que me pegou: os tempos fora do tempo, que não vivem e ou não suportam o tempo da duração: o tempo do melancólico, que é o tempo do já feito para sempre e nada mais a viver – já viveu; o tempo da espera que nunca chega – Beckett.
Vou lendo. Ainda não terminei.
- Potências do Tempo – David Lapoujade. Tradução de Hortensia Santos Lencastre. N-1 Edições. São Paulo: 2010.