Categorias
Arte e Cultura Geral

Achados e perdidos

achadoseperdidos-capa1

Você já viu Quadrinhos com trilha sonora? Pois  então, é o caso de Achados e Perdidos. Você lê, vê e ouve. E o trabalho é cativante. Por vários motivos. Como criação de quadrinhos, é puro cinema. Quero dizer que as imagens sequenciais fluem com cortes cinematográficos.

Talvez esteja dizendo uma grande bobagem. Ou uma redundância, dado que são artes sequenciais. Mas como apaixonado pelo cinema, posso afirmar que há, ainda, uma coisa de tempo em Achados e Perdidos. O tempo de cada imagem que vale por si. E a qualidade e delicadeza desse trabalho, como desenhos, trilha, texto e roteiro pegam a gente de cara. Outra coisa que me chama a atenção: a história não vive apenas de peripécia, mas de encontros que modificam nossas percepções sobre as coisas do vivido. Depois de instaurado o problema inicial e, aparentemente agregando ocorrências, o roteiro vai nos conduzindo para uma surpresa: um encontro familiar que é, ao mesmo tempo, não familiar. Não como “reconhecimento” clássico, mas pelo contrário, como reverso de um sentimento já previamente configurado.