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Política e estética do dissenso: o caso da pichação na Bienal de São Paulo

A Bienal de São Paulo/2010 incluirá a ação de pichadores na mostra. O convite foi feito ao mesmo grupo que, ao invadir a Bienal de 2010, foi preso, sendo que uma das integrantes ficou trancafiada por quase dois meses. Na época (Bienal de 2008), os curadores reagiram violenta e ruidosamente ante o atentado à arte e ao patrimônio público, deixando na mão das instituições judiciárias kafkanianas a sorte da jovem que havia pichado a Bienal. A nova curadoria, sob a coordenação de Moacir dos Anjos, opera uma reviravolta conceitual e política: o que foi condenado brutalmente sob as luzes do consenso estético-político (defendido a unhas e dentes pela curadoria anterior), volta para se manifestar,  agora sob a ótica do dissenso.

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Arte e Cultura Artes Cênicas Ativismo e Análise Política Filosofia Geral Micropolítica Sobrevivência: estratégias Zonas Experimentais [ZnEx]

Um ativismo performático e teorético

Teoria é teoria e prática é prática. Correto? Nada disso, estas duas categorias já não se distinguem mais assim. No projeto Les Laboratoires D’Aubervilliers (França) pelo menos, esses dois planos se atravessam.  Les Laboratoires é uma residência artística voltada para a pesquisa e a experimentação, numa perspectiva que conecta corporalidade, cena contemporânea, pensamento crítico e criativo,  performance e dança.

Les Laboratoires desenvolvem projetos de pesquisa em residência, na França, nos arredores de Paris, numa localidade intitulada D’Aubervilliers. Um dos projetos acolhidos pelos Laboratoires é de um grupo de pesquisa teórica e artística, de Belgrado, que  realiza ações no campo da ” performance contemporãnea, através da produção de textos, autogestão, educação crítica e engajamento através da prática cultural” . O grupo intitula-se (na vesão em inglês): Walking Theory. E o projeto desenvolvido tem por nome How to do things by theory – a platform for performing theoretical activism – 2010/2012. Há uma clara alusão à obra do filósofo analítico Austim, How to do things with words, um dos textos fundamentais sobre a questão das relações entre linguagem e performatividade.

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Arte e Cultura Geral

Stand by me: um vigilante de carros canta na rua

Vez por outra sou pego por alguém cantando sozinho, pelas ruas de Belo Horizonte. São pessoas pobres, deambulando por aí. E fico com aquela sensação de presenciar algo singular, que não poderei mais rever e tampouco partilhar com as pessoas. Sonoridades inclassificáveis. Algo como o sonho de um cego que é mudo, como diz o Zen.

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Intervenções e ações efêmeras: documentário do Poro

O Poro acaba de publicar o seu documentário: Intervenções e Ações Efêmeras. Brígida Campbell e Marcelo Terça-Nada, a dupla de artistas que realizam as intervenções urbanas contam um pouco sobre a história da parceria e apresentam algumas das ações realizadas. Ficamos sabendo, por exemplo, como se dá a recepção dessas criações na cidade.

O caráter efêmero e sua precariedade no tempo é assumida pelos dois artistas/ativistas. Mas você vê também como eles lidam com o registro, fazendo com que as ações reverberem noutros planos. Ou que passem a existir noutras conexões. O registro multiplicaria, segundo Brígida, a experiência do trabalho. A que Marcelo acrescenta: num outro circuito. Então, muitas questões sobre arte contemporânea para nosso desfrute e pesquisa. Aliás, você encontra no site do Poro, entre outras preciosidades, uma coletânea de textos de autores como Oiticica, Cido Meireles, o Manifesto Situacionista e outros intercessores.

Você poderá ver porque em nossa época muitos artistas buscam outros circuitos de exibição. Um conceito expandido de arte, no qual se coloca em questão o que pode ser uma obra de arte, quem pode fazer arte e em que lugares e contextos pode se dar uma recepção da obra de arte.

E aqui vai o link para baixar o vídeo diretamente, em alta definição, que pode ser exibido livremente segundos os autores e editores: www.poro.redezero.org/video/documentario

O vídeo é uma produção Rede Jovem de Cidadania em parceria com o Poro. Realização: Associação Imagem Comunitária.

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Arte e Cultura Geral

Playing for Change: músicos de todo o mundo

O projeto Playing for Change: Peace Throught Music é contagiante. Foi criado pelo engenheiro de som novaiorquino, Mark Johnson, que decidiu viajar pelo mundo e entrar em contato com músicos de rua de vários lugares, gravando uma mesma música. A idéia é a de que a música transcende barreiras e por isso pode promover a paz.