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O graforisco: pixo, poesia do acaso e política pública

” (…) na transversal da cidade PALAVRAS-OBJETOS-COISAS que são também as EMOÇÕES OBJETOS/ABJETAS estampadas nos muros, casas, muretas. para quem quiser e/ou mesmo não quiser ver. (…) sair na calada da noite – PIXAR-PIXANDO – como se a rebelião estivesse no fato de buscarmos um outro sentido das palavras.” Cristina Fonseca, in A Poesia do Acaso – na transversal da cidade.

A escritora, poeta e videoartista, Cristina Fonseca, publicou A Poesia do Acaso em 1981. De lá para cá, o livro conserva o momento e o contexto de sua criação e, ao mesmo tempo, permanece atual, principalmente nessa discussão sobre o estatuto do pixo nas grandes cidades.

Uma discussão urgente, tendo em vista que, em Belo Horizonte, as autoridades municipais decidiram que os jovens pixadores devem ser enquadrados não mais na lei de “crime ambiental”, mais branda, mas como “formação de quadrilha”. Como denunciamos num artigo anterior (Pixo: criminalização ou política pública?), os jovens aguardam julgamento por tempo indeterminado, misturados com criminosos de toda espécie.  

Interfaces entre a produção editorial e a produção cultural

Estarei na Semana da Produção Editorial e Talentos Editoriais, evento realizado pelo Uni-BH, discutindo a “Gestão de políticas públicas para a cultura – o desenho de projetos culturais: recorte, desenvolvimento e monitoramento – diálogos com a cidade.” Farei uma exposição que terá por base, principalmente, minha experiência na direção do Centro de Cultura Belo Horizonte (1999-2004) e na Diretoria dos Teatros da Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte (2005-).

A seguir, um texto da Coordenadora do Curso, Ludmilla Skrepchuk:

“O curso de Produção Editorial do Centro Universitário de Belo Horizonte- UNI-BH promoverá entre os dias 02 e 04 de outubro, no Auditório do Espaço de Convívio, do campus Diamantina, a partir das 19h, a Semana de Produção Editorial cujo tema será: “As interfaces entre a produção editorial e a produção cultural”.
O evento tem o intuito de discutir a abrangência das possibilidades de atuação dos produtores editoriais no contexto das produções culturais e das manifestações artísticas, seja na grande indústria cultural ou em eventos e espetáculos alternativos ou subsidiados pelas leis de incentivo à cultura.
Na tentativa de promover a aproximação dos profissionais de produção editorial com as demandas e necessidade dos produtores artísticos e executivos, criando conexões entre o fazer do campo da editoração impressa, eletrônica e digital com a produção e divulgação de espetáculos e produções culturais nas mais diversas áreas: teatro, música, gastronomia, dança, enfim, o encontro da arte com as técnicas, tecnologias e teorias que perpassam o campo de atuação profissional dos produtores editoriais, numa perspectiva de complementariedade entre essas áreas.
Partimos do pressuposto de que nossa ferramenta fundamental é a formatação de produtos midiáticos e que todo e qualquer espetáculo prescinde da mídia para alcançar seu público. Sendo assim, o lugar da arte entrecruza-se com a editoração midiática.”