Arte Contemporânea em Debate – uma análise de Daniela Labra

“É admirável como as discussões públicas sobre o tema Arte Contemporânea se tornam verdadeiros Fla x Flus muito facilmente. De um lado, críticos e artistas inconformados com a história do século XX que transformou a arte numa espécie de engodo para satisfazer um mercado consumista, fabricante de estrelas fugazes das artes plásticas, muitas vezes sem preparo técnico adequado.

Do outro lado da discussão, outros artistas, críticos, curadores e todos os que se interessam positivamente pelo tema, não o compreendendo como uma aberração histórica, mas como um caminho estranho e instigante que a arte tomou ao se desligar de sua premissa número um que era representar mimeticamente a natureza.

Em comum, ambos os lados parecem querer defender seus pontos de vista como se fosse uma verdade. O curioso é perceber como se dão tais críticas e suas réplicas, sempre muito reativas e pouco cordiais, principalmente daqueles que são ‘contra’ a arte contemporânea.”


Daniela Labra, curadora independente e crítica de arte, com um foco especial na performance,faz uma análise do debate que as grandes mídias impressas abriram sobre o sentido da Arte Contemporânea, com um texto esclarecedor, intitulado Arte e Fla x Flus, publicado na íntegra no Canal Contemporâneo.

Vale a pena ler o texto de Daniela. Há, também, links para os artigos publicados nos jornais.

Como coloca Daniela, virou uma disputa tipo Fla X Flu – uma paixão de ataques e revides.

Toda essa peleja de ataques contra a Arte Contemporânea é uma modalidade de conquistar territórios, de não deixar que eles sejam tomados… Algo está saindo do controle… E isso parece assustar alguns cujas paixões tristes se comprazem em cercar territórios. O jogo começa a funcionar quando conseguem produzir um debate: as pessoas se organizam, então, para responderem nos termos dados de antemão.

Vamos lá, artista-pensador-fruidor desse admirável mundo novo: não deixe que as lamúrias pautem sua ação, comece logo a criar e a habitar as suas próprias paisagens, pois tudo é porvir…