Bio

Luiz Carlos Garrocho dedica-se à pesquisa, ao ensino e a prática da criação cênica – nas interfaces entre Teatro FísicoEnvironment Theater e Performance.  Numa busca que se faz  por um teatro das pulsões –  do corpo, das imagens e das sonoridades. Como intercessor desse plano encontra-se o estudo em Filosofia. Trabalha ainda com Arte-Educação e Projetos Socioculturais. 

Formou-se em Filosofia pela UFMG em 1992 e concluiu o Mestrado em Artes pela Escola de Belas Artes/UFMG, em 2007, com a dissertação Cartografias de uma improvisação física e experimental, sob a orientação de Fernando Mencarelli. Fez o doutorado na mesma instituição, sob a orientação de Mariana de Lima Muniz, com a tese Lugar e convívio como prática espacial e tessitura cênica – as performances urbanas do Coletivo Contraponto-MG, em 2017. 

Foi um dos co-fundadores do grupo Contraponto (2011-2019) e atualmente dedica-se ao grupo Bando à Parte –  na clave <experiência>, tomada de Jimi Hendrix: experience. No sentido da necessidade de se instalar no campo da experimentação. 

É professor de interpretação do Curso Técnico de Ator do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado.

Foi professor substituto no Curso de Artes Cênicas/Escola de Belas Artes-UFMG, de 2002 a 2004, nas disciplinas de Interpretação e Improvisação.

Idealizou o Curso Livre de Teatro para crianças e adolescentes do Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado, à convite do então coordenador da Escola de Teatro Walmir José de Carvalho, quando trabalhou como professor (interpretação), juntamente com Gil Amâncio (corpo e percepção musical), de 1989 a 1992. Os cursos contaram ainda com as colaborações de Iara Fernandes, Davi Dolpi, Francisco Aníbal, Cíntia Paulino e Rita Clemente – quando formaram o grupo Pedagogia do Teatro.

No ensino fundamental e médio foi professor de teatro na Escola Albert Einstein, de 1994 a 1996.  Na Escola Balão Vermelho foi recreacionista e professor de jogos dramáticos para a educação infantil, de 1974 a 1989.

Trabalhou também na área das políticas públicas para a cultura como gestor, coordenador e formulador de projetos e ações, com ênfase na experimentação artística.

Pesquisa e criação cênica:

  •  Sussurros  – Cena curta de 15 minutos. Um experimento coreográfico-intensivo a partir de histórias de mulheres que não fugiram, que não romperam, que permaneceram. E isso significa, para muitas, um silêncio interminável. Ou sussurros que um planeta distante registra como um ruído de fundo incompreensível. Direção. Atuação: Dora Câncio, Lara Louzada e Maria Rusá. Iluminação: Lucas Matias. Consultoria para Trilha Sonora: Gil Amâncio. Pesquisa de campo com gravações de depoimentos de mulheres: as atrizes. Outubro de 2019. Evento Me Mostra – Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado, Belo Horizonte.
Sussurros
Sussurros
Sussurros
  • Perdoa-me por morrer – um concerto minimalista para as vidas que sobraram. Direção e roteiro. Grupo Contraponto <experiência >.  Atuação: Renata Rocha, Rafael Paiva e Sitaram Custódio. Trilha sonora e música ao vivo: João Paulo Prazeres. Figurino: Ana Luísa Santos. Preparação corporal: Sitaram Custódio. Assistente de coreografia: Yara Ramos Garrocho. Dramaturgia do movimento: Luiz Carlos Garrocho e Thiago Gambogi.  Iluminação: Lucas Matias. Maio de 2019, Sesc Palladium, agosto de 2019, Funarte MG, Belo Horizonte.
Perdoa-me por morrer – Foto de Beatriz Meireles Brandão
Perdoa-me por morrer. Foto de Beatriz Meireles Brandão

Eu lhe chamaria mais uma vez para darmos um passeio até o final da avenida. a ver se acabam nossas luzes. Direção. Ocupação cênica do Grupo Contraponto no Espaço 171, dentro do Projeto (des) encontros: o lugar onde me encontro. 10 de março de 2018. 

Eu lhe chamaria mais uma vez…
Eu lhe chamaria mais uma vez…
  • Árvore Queimada. Performance urbana em meio às cinzas de uma casa que possuía uma biblioteca e foi montada numa árvore por dois moradores de rua, incendiada por alguma pessoa da região incomodada com eles. Com Leandro Silva e Renata Queiroz. Belo Horizonte, 2017.
Performance Árvore Queimada
Performance Árvore Queimada
Performance Árvore Queimada
  • Coisas distantes, se bem que próximas. Performance urbana. Coordenação artística. Grupo Contraponto. Performadores: Flora de Servilha, Karol Monteiro, Hugo Bitencourt e Sitaram Costa. 30.04.2014: Praça da Estação. Belo Horizonte, MG. 11.06.2014: Avenida Afonso Pena, entre Espírito Santo e Carijós. Belo Horizonte, MG.
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Performance urbana: Coisas distantes se bem que próximas
  • Ocupação.  Casa Breve. Coordenação artística das ações dos performers do Coletivo Contraponto, utilizando elementos de instalação e convívio como prática espacial, no evento Casa Breve. Outubro de 2013.
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Ocupação Casa Breve – Imagem: Grupo Sapos & Afogados

Olho da rua. Intervenção urbana. Coordenação do projeto-ação. Performadores: Leandro Lara e Sitaram Custódio. Festival de Performance de BH – mostra Estudos. 12. 08.2011. Festival Transborda de Artes Transversais – 14.09.2001 – Praça Sete e adjacências. Zikzira Espaço Ação – saída na rua Curitiba – 06.09.2012. BH. Mostra Contraponto/Conjunto Vazio/Centro Cultural da UFMG: saída rua Carijós entre São Paulo e Curitiba, encerramento na Av. Santos Dumont com Bahia – 14.02.2014.

Olho da rua
Performance urbana: Olho da rua
  • Todos os animais são iguais,  mas alguns são mais iguais que os outros. Festival de Cenas Curtas Galpão Cine-Horto, 22 de junho de 2009. Direção. 
Imagem: Guto Muniz
Cena de Todos os animais… Imagem: Guto Muniz
  • In Extasis. I Festival de Performance de BH. Galpão Cine Horto. Belo Horizonte, 21 de agosto de 2009. Em parceria com Izabel Stuart e Marcelo Kraiser. Luz de Geraldo Octaviano e caracterização cênica de Juliana Saúde Barreto.
  • Cerimônia no Asfalto– intervenção cênico-urbana na Avenida Augusto de Lima, BH,2004.  Sete motocicletas (que atuavam, faziam a sonoplastia e iluminavam), um ator caracterizado como um homem ensaguentado e um transgênero sexual encontram-se na rua.
Cerimônia
Cerimônia no asfalto
  • 05 na calçada – intervenção- Rua da Bahia,  Belo Horizonte, 2004.
Cinco na calçada – intervenção urbana
  • Fodidos – ocupação cênico-urbana na região da prostituição pobre de Belo Horizonte, na rua Guaicurus. Projeto do Laboratório de Práticas Teatrais B, do Curso de Artes Cênicas da Escola de Belas Artes/UFMG – Agosto de 2004.
Fodidos: ocupação urbana e cena na rua Guaicurus (região antiga de casas de prostituição em Belo Horizonte.
  • Cinco Minutos – A escrita do deus. Direção. Cena curta apresentada na Zona de Ocupação Cultural do Centro de Cultura Belo Horizonte – 2003.
  • Esquina dos Aflitos –  Direção. Roteiro com Ricardo Alves Júnior. Festival Internacional de Teatro (Fit-BH 2002), Festival de Cenas Curtas Galpão Cine-Horto, 2002).
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Esquina dos aflitos
  • Fabulário – estudos sobre Eros e Thanatos.  Atuação de Jacqueline Rodrigues e Meibe Rodrigues. (Teatro da Praça, 14 a 21 de novembro de 2001 e Espaço Marcenaria – Campanha de Popularização do Teatro, 24 de janeiro a 03 de fevereiro/2002) –

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Fabulário – Imagem de Ludmila Loureiro

  • Tio Vânia de A. Tchekhov (Teatro Clara Nunes, 1994 e Teatro Francisco Nunes, 1995)
  • Um Sobrado em Santa Tereza, de Walmir José (Sala Cescheatti,1991 – Grande Teatro Palácio das Artes, 1992). Indicado melhor diretor para o prêmio Cauê das Artes Cênicas (1991). A peça conquistou diversos prêmios, entre eles o de melhor espetáculo. Estes dois últimos espetáculos foram dirigidos a quatro mãos com Walmir José.
  • Assistente de direção de Luís Paixão em Musical Brecht, com formandos do Curso Técnico de Ator/FCS, Grande Teatro Palácio das Artes, 1989.
  • Assistente de direção de Carlos Rocha em Instituto Primavera, formandos do Curso Técnico de Ator/FCS, Teatro Marília, 1990.

Iniciou-se no Teatro como ator em espetáculos infantis no Grupo Pinta & Borda (com direção de Rodrigo Leste) e posteriormente atuou  sob a direção de Ronaldo Brandão em Quando os Beatles Voltarem a tocar juntos novamente e Risos & Facadas, sob a direção de Eid Ribeiro (1976 e 1978).

Como gestor cultural foi Diretor do Teatro Marília, pela Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte, de 1993 a 1996, desenvolvendo a Campanha pela Recuperação do Teatro, os projetos Outra Cena e Um palco de Muitas Histórias.

Dirigiu o Centro do Centro de Cultura Belo Horizonte, de 1999 a 2005, criando os projetos: Zona de Ocupação CulturalCabaré Voltaire (performance art, com a colaboração de Ricardo Aleixo)Studium (debate sobre procedimentos de criação), Leitura Abertura (poesia em performance), Janela do Caos (literatura em debate), Seminário (conferências de arte e cultura), Cinema Comentado.

Como diretor dos Teatros Marília e Francisco Nunes (2005 a 2008), da Fundação Municipal de Cultura, criou as  linhas de ação Arte Expandida (experimentação das linguagens artísticas, com os projetos MomentumLaboratório Textualidades Cênicas Contemporâneas e Improvisões) e Ressonâncias (Quarta Sônica – rock independente e Hip-Hop in Concert).  Esses projetos contaram com as curadorias de Dudude Hermann, Gilberto César, Fernando Mencarelli, Marcelo Kraiser, Nina Caetano, Renegado e Flávio, contando ainda com as participações  de André Lage, Carlos Mendonça e  Eduardo de Jesus nos Pensamentos Disparados e nas discussões.

Tem ministrado conferências e oficinas sobre teatro físico,  cultura do brincar e arte-educação, publicando também artigos em revistas e periódicos sobre temais afins.

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