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Achados e perdidos

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Você já viu Quadrinhos com trilha sonora? Pois  então, é o caso de Achados e Perdidos. Você lê, vê e ouve. E o trabalho é cativante. Por vários motivos. Como criação de quadrinhos, é puro cinema. Quero dizer que as imagens sequenciais fluem com cortes cinematográficos.

Talvez esteja dizendo uma grande bobagem. Ou uma redundância, dado que são artes sequenciais. Mas como apaixonado pelo cinema, posso afirmar que há, ainda, uma coisa de tempo em Achados e Perdidos. O tempo de cada imagem que vale por si. E a qualidade e delicadeza desse trabalho, como desenhos, trilha, texto e roteiro pegam a gente de cara. Outra coisa que me chama a atenção: a história não vive apenas de peripécia, mas de encontros que modificam nossas percepções sobre as coisas do vivido. Depois de instaurado o problema inicial e, aparentemente agregando ocorrências, o roteiro vai nos conduzindo para uma surpresa: um encontro familiar que é, ao mesmo tempo, não familiar. Não como “reconhecimento” clássico, mas pelo contrário, como reverso de um sentimento já previamente configurado.

A criação é de Eduardo Damasceno e Luís Felipe Garrocho. Sim, sou suspeito para falar, já que esse último é mesmo meu filho. Mas não me tira a coragem de dizer: vale a pena. E a trilha, primorosa, é do Bruno Ito. 

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Você pode curtir a leitura do primeiro capítulo no site do Quadrinhos Rasos – no qual a dupla começou, produzindo quadrinhos a  partir de letras de música. Vá lá e veja e ouça: clicando aqui.

A próxima criação da dupla, O Cosmonauta Cosmos, já está quase saindo.

Mais referências –

Uma ficção científica emocional. Por Luiza Lages. Site do Ah…Cidade!

Por Luiz Carlos Garrocho

Um aprendiz do sensível. Professor, pesquisador e diretor de teatro. Filósofo.

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